terça-feira, dezembro 24, 2002

Prendas de Natal

Atrasado, mesmo com as novas tecnologias, veio o Pai Natal. Será que valia a pena ele chegar, com as poucas notícias que vamos tendo para agradar este meio?

A verdade é que estamos a uma semana do final do ano e aquilo que sabemos é que a ANACOM decidiu adiar, logo por um ano, a abertura da terceira geração. O mercado bolsista agradece, as operadoras agradecem, os cidadãos se calhar não. Mas para quê bater mais no ceguinho? Instalou-se a filosofia que a terceira geração não era aquilo que sempre sonhámos. O mais curioso é que são exactamente os mesmos que nos disseram o contrário – as consultoras, as operadoras – que agora estão a vender “este peixe”. Dá para desconfiar, dá para não acreditar.

Também foram os mesmos que nos venderam a ideia que a Internet gratuita irá acabar… Essa, eu não comprarei nunca e a mesma irá se manter muito para além da morte deles.
Mas não falemos de coisas tristes mas sim desta época natalícia e das prendas possíveis.

Para as empresas, a melhor prenda possível é a retoma económica. Será que é possível pedirmos nós a elas que invistam nesta época, tentando reparar nos problemas internos da empresa, webizando aquilo que for possível e tentando dar uma imagem de dinâmica?

Para as entidades públicas, quer sejam as autarquias ou a Administração Pública Central, deve-se caminhar para uma melhor política de informação ao cidadão, para a criação de serviços Internet disponíveis e para a divulgação desta ferramenta de apoio cívico junto das populações mais desfavorecidas. Sobre esse tema, irei escrever logo em Janeiro sobre ele…

Para os cidadãos, é fundamental que exijam das empresas mais informação, é importante que saibam as grandes diferenças entre publicidade e realidade, entre a compatibilidade ou não das tecnologias mas mais do que isso, que saibam tirar partido das mesmas para melhorar a sua vida. Quer seja a Net, quer o computador ou a ferramenta electrónica de protecção, o futuro é de quem pensa nestes mecanismos como ajuda e não como o empecilho electrónico.

Que alguém, nas suas resoluções de Ano Novo tenha a sensatez de mostrar que o futuro é nosso, é digital e está aí a chegar!