terça-feira, março 25, 2003

Solidários

Estou a utilizar um computador. No meu dia-a-dia. Quem me lê, decerto usa um. Ou dois. Ou mesmo três, quando não são dos que têm três computadores em casa e por vezes o portátil do emprego.

Nas empresas começam a existir computadores em todas as esquinas. Aliás, em todo o lado. E esses computadores estão a ser utilizados numa pequena parte da sua capacidade. E nem sequer estou a referir-me a projectos de partilha de capacidade de processamento. Estou a falar do aproveitamento de computadores antigos.

As empresas e outras instituições, especialmente aquelas mais industrializadas, costumam ter computadores antigos, cujas actualizações ou exigências profissionais transformam em “óptimos pesos-mortos” que só exasperam o seu (ainda) utilizador ou nem para isso servem, pois estão desligados a um canto.

Esses computadores podem ajudar muitos. Podemos ter uma geração futura que saiba mais sobre computadores mas, mais do que isso, podemos ter uma geração presente – quer nova quer menos “nova” – a aprender mais sobre a ferramenta que mudou a nossa forma de trabalhar.

A forma de ajudar pode simples e requer pouco esforço. O conceito parte do princípio que existe solidariedade. Este conceito poderá ser uma realidade num futuro próximo e apoiar um conjunto de pessoas para quem o “digital divide” – a designação universal entre info-incluídos e info-excluídos – é mais do que algo que não entendem, uma realidade concreta: a de imaginar o computador, as novas tecnologias – sim, até o telemóvel – como um papão imenso...

jmo@esoterica.pt