sábado, setembro 21, 2002

Cada um com…

Mesmo nesta fase de ciberpessimismo ouve-se falar, muito, em “estar” na Web. Mas há, ao mesmo tempo, sabe-se que dois em cada três sites na Internet não cumprem os seus objectivos… Sabem porquê? Porque a equipa de gestão estratégica não trabalha em conjunto com a equipa responsável pelo projecto Internet. Ou então o projecto Internet está entregue a alguém do marketing ou a alguém das vendas… Não, este tipo de projecto só vinga se tiver a equipa de gestão a comandá-lo, num conjunto multidisciplinar!

A primeira decisão que tem de tomar, sem falta, é: eu preciso estar na Internet? Sim, nem todo o produto se adequa à venda online. Por isso, terá que decidir se a sua presença na rede é um projecto de marketing (com espaço para informações do produto, da cultura da empresa e para descontos para clientes) ou então se o seu projecto contempla, para além disso, um serviço de vendas pela Internet.

Independentemente disso, lembre-se das regras de um estudo da Computer Science, do já datadíssimo ano de 1999, mas curiosamente actual e que apresenta os principais problemas que impedem o site de ter sucesso: falta de motivo, de organização, informações desactualizadas, ignorância dos paradigmas Web, excesso de propaganda institucional, informação enfadonha, falta de interactividade e falta de relacionamento.

Lembrem-se que a Internet é um “meio” perfeito mas antes de lá entrar necessita de saber o porquê… É que um dos grandes problemas de todos nós é o de conseguir entender todos os paradigmas quebrados pela Internet e adaptá-los ao futuro das empresas e instituições, uma arte em reformar a casa, enquanto ela anda…

No entanto, não esqueça o outro lado da história: não estar na Internet não significa necessariamente que a sua entidade/empresa não o esteja. Há necessidades de compras/informação/resolução de problemas e relacionamento com os clientes e fornecedores que serão resolvidos por este meio, para além de poder poupar nas comunicações. A sua presença na Internet deve ser entendida, assim, como fundamental: precisa saber, é claro, porque motivos, com que intenções e objectivos e com que dinheiro…