quarta-feira, abril 23, 2003

killers

Um dos termos mais conhecidos do jargão de negócio na área das tecnologias é “killer aplications”. E são fundamentais para a percepção – por vezes errada – daquilo para o qual estamos a trabalhar.
“Aplicações de morte” – o termo em inglês é engraçado mas é significativo pois lembra que a utilidade do objecto-tecnologia depende de uma aplicação fulcral (e por isso mortal quando não existente) para a sobrevivência do produto.

Afinal o que são “killers aplications”? Bem, não estamos a falar de algo específico mas sim de um conceito que de acordo com a ferramenta tecnológica satisfaz as necessidades do consumidor.

Uma das mais conhecidas discussões sobre o UMTS – os actualmente famigerados telefones de terceira geração – prendia-se exactamente com a necessidade – sentida ou induzida – que o consumidor iria ver resolvida com a aquisição de determinado produto tecnológico.

Obviamente que estamos a falar de produtos tecnológicos que de alguma forma suportam aplicações. E podemos falar de vários exemplos: as caixas interactivas para televisão por cabo interactiva, os novos telefones móveis com múltiplas capacidades, os próprios Tablet PC...

Cada uma destas ferramentas precisa, como uma necessidade única, de uma aplicação que as pessoas usem e necessitem muito – ou que lhes seja criada essa necessidade.
No caso dos telefones móveis, a sua principal função – a voz – continua a ser a que mais receitas gera. Só que enquanto essa área tem um nível de expansão limitado (o tempo é muito escasso) a área das comunicações de dados é de interesse financeiro superior. E nessa, a qquestão da “aplicação” que gere receitas é fundamental. Actualmente, como todos bem sabemos, é o SMS ou os sub-produtos dele derivados que absorvem a fatia de leão mas qualquer empresa gostaria de saber qual a nova “apetência” que irá siderar os consumidores... A tal killer aplication!